Lo-FLy








 Lo-Fly  é o nome artistico de Ricardo Silva e Sousa. Com uma forte inclinação para o deep house, e para o som mais fluido, consegue nos seus sets implementar o conceito de "Dancefloor". Com um grande rigor técnico e uma boa escolha musical, Lo-Fly é mais um exemplo que em portugal se passa boa musica. Fica a entrevista e a promessa de um Coolcast. Fiquem ligados.



Ricardo, qual o segredo por de trás do nome “Lo-fly”?

Epá saiu na altura e pegou entre amigos na brincadeira, sempre pensei que o meu nome era comprido para usar. Mas basicamente não quer dizer nada…

O Deep House é um estilo musical muito representado nos teus set´s, sempre foi assim?

Não é bem assim, o que apanhas online pode ser um bocado, mas eu tento tocar sempre o que gosto e tenho demasiadas referências para me limitar a um estilo, no entanto para tentar uma aproximação a espaços para tocar tenho a tendência de publicar sessões mais acessíveis. O que posso dizer é que nem sempre toquei com bpm´s mais baixos, mas com a idade tenho vindo a apreciar outros fatores na música além da velocidade do pitch de uma música. Cada vez gosto mais de música para a cabeça do que para o corpo.

Quais as tuas influências musicais?

Não sou o gajo que tem os pais ligados à musica e que sempre mexeu nas suas coleções de discos. Posso dizer que o que sempre influenciou foram os amigos mais velhos, muitos deles djs e sobretudo as experiências num dancefloor, antes de ser dj sempre fui assíduo na pista e foi sobretudo isso que me influenciou. Quanto a estilos não consigo resumir, tem sido uma evolução continua na aprendizagem do meu ouvido.

Qual é a tua opinião sobre o panorama nacional, no que toca á música de dança?

A minha opinião varia muito de zona para zona do país, existem as principais cidades que continuam a ter uma cena na vanguarda, com grandes casas como o Lux e Gare que têm tido grandes line-ups, existem também algumas produtoras a fazer-se ouvir. Mas no geral, a noite e as pessoas que saem à noite mudaram muitos nos últimos 5 anos, a política das casas não tem ajudado, havendo menos recursos económicos, viram-se para o facilitismo do comercial. Há cada vez mais a divisão entre comercial e underground, o que na minha opinião até é bom.

Sabemos que és do algarve, e que no verão existe uma panóplia de festas e programas noturnos. Achas que a diversidade e qualidade dos artistas que costumam frequentar esses espaços é a adequada á procura?
 
Diversidade sinceramente acho que não existe no verão do Algarve, salvo raras exceções pontuais. O Algarve tem muito do mesmo, grandes espaços com cenários paradisíacos com gente bonita e no fim a palha é sempre a mesma, temos condições para ser muito melhores. Mas ao mesmo tempo com as pessoas que há até acaba por ser adequado.

Qual a casa em que mais gostaste de tocar?

Caniço na Prainha em Alvor.

Se tivesses de escolher um artista nacional, para dividir cabine contigo quem seria o escolhido?

O meu amigo Vasco Fortes, ou outro amigo que ainda não tive oportunidade de conhecer em pessoa, Pedro Simonette. O Vasco sempre foi uma grande influência e mentor de certa maneira. O Pedro tem sido alguém que ultimamente tem contribuído para a minha evolução, apesar de ser apenas amigo online tenho a certeza que ia render um b2b com ele.  :-)


Tens projetos futuros que nos queiras adiantar?

Criámos um colectivo de artistas do Algarve: LATA
Estamos com planos de lançar um primeiro evento de apresentação, conseguimos uma parceria interessante com o TEMPO ( Teatro Municipal de Portimão ) e queremos dinamizar a cultura urbana em Portimão, estamos todos organizados e focados, somos de várias áreas mas todos temos um interesse comum. Em breve terei mais informações concretas sobre o evento e também sobres novas ações do coletivo.