Wasteyouth


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Inward series by wasteyouth

 

 Wasteyouth começou como sendo uma dupla, mas hoje em dia é um projecto levado a cabo por Vítor Sousa. Homem do norte, vive na cidade do porto e é lá que tenta enraizar na cultura "dance", o seu estilo próprio, com sets metódicos, marcados por linhas de bass muito intensas, techno que mistura agressividade com classe. Vítor Sousa fala-nos um pouco sobre o panorama nacional, sobre as suas influencias, e sobre o lançamento da "Inward series". 


Sabemos que o teu gosto musical é variado, mas a setinha aponta sempre para o techno. Existe uma razão especial? Qual?

Não há uma razão em especial. Apenas que o techno é o género musical que maior prazer me dá. E esse prazer vem do tanto que existe para descobrir no techno.

De onde e como surgiu o nome e a ideia "Wasteyouth"?

Da forma mais inocente possível… 2 amigos a ouvir techno e um sticker mágico num dos computadores dos Pan-Pot (que eram quem actuava essa noite, em 2007 salvo erro). Actualmente carrego eu o fardo!!!! ahahah!!

Quais as influências musicais que marcam hoje em dia os teus sets?

Respondendo em forma de tags!!!!… Techno (deep, dark, industrial, hypnotic, dub, ambient, experimental). Em termos de artistas, e só para nomear alguns, Luke Slater, Regis, Silent Servant, Lucy, Abdulla Rashim, Xhin, Voidloss, Milton Bradley, Cio D'Or, Marcel Dettmann, Mike Parker, Oscar Mulero… Em termos de editoras, a Ostgut Ton, Sandwell District, Prologue, Stroboscopic Artefacts, Electric Deluxe, Subsist, Do Not Resist The Beat!, Geophone, Mote-Evolver, Vault Series, Semantica, Blackest Ever Black.

Qual a casa na qual mais gostaste de tocar e qual a casa que mais te desperta interesse no panorama nacional?

Contam-se com as duas mãos as vezes que tive a oportunidade de mostrar a musica de que gosto a um publico, mas dessas, as que mais prazer me deram foram as 2 primeiras festas 'Are Friends Electrik?', na Lomografia, no Porto. Não é propriamente uma "casa", mas é possível que esse toque underground tenha contribuído para a intensidade do sentimento. Não posso claro esquecer a noite no Gare Club, onde o "nod" do senhor Tobias. disse tudo!
Tenho bastante curiosidade em fazer um dj set no Lux. Um longo dj set.

Sabemos que foste um dos fundadores do colectivo "Are Friends Electrik". Como surgiu a ideia?

Surgiu pela vontade de ganharmos a força necessária para, com as variações inerentes ao gosto particular dos elementos do colectivo, fazer chegar este género musical às pessoas que dele gostam mas têm dificuldade em ouvi-lo fora de casa. E como todos sabemos, a energia que sentes ao dançar numa pista é diferente da que sentes em casa. Acontece até com a mesma música!

O projecto "Are Friends Electrik" lançou pelas tuas mãos a "Inward series". Prevê-se mais lançamentos? 

Encarei a "Inward series" como algo pessoal e introspectivo, um mergulho no som que mais me toca no momento cronológico em que construo o set. Por esse motivo, os próximos lançamentos serão também feitos por mim e acontecerão na altura em que tenham que acontecer! E a 'Are Friends Electrik?' será como sempre um veículo no qual se poderá fazer essa viagem.
Estando os sets da serie "Inward" intimamente relacionados com o meu estado emocional, musicalmente falando, na altura em que decido construir a playlist, é sempre possível que hajam variações, mudanças. Pelo menos atendendo ao meu gosto dentro da electrónica, há sempre essa possibilidade.

O que achas do panorama musical português, no que diz respeito á musica electrónica?

Sei que existem bons projectos, falando quer de artistas quer de editoras, se bem que no techno em específico, penso que poderíamos ter mais actividade.
Sinto que as oportunidades de estes projectos chegarem aos ouvidos do publico são limitadas. Não que todos tenham que chegar (alguns nem sequer têm esse desejo), mas pelo menos que exista a possibilidade da escolha.

Qual o artista português que mais te chama a atenção?

Re:Axis. O género de electrónica que ele compõe/produz não é propriamente o que mais ouço, mas agrada-me a dinâmica que consegue colocar nas músicas e por conseguinte transmitir nas suas actuações. E tendo tido a oportunidade de o conhecer pessoalmente, gosto da sua forma de pensar na música.
Estou particularmente interessado em ver o desenvolvimento do seu projecto de techno, com o alter-ego Joseph Chain.